sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pilares – SOLA GRATIA (II)

O segundo pilar trata da Graça – SOLA GRATIA (somente a graça). Este é um conceito dos mais interessantes na teoria reformada, exatamente por causar diferentes reações e sentimentos naqueles que relutam em aceitá-la (a teoria, não a graça). A teoria em si consiste no fato que tudo que temos é dado por Deus, diretamente, pela sua maravilhosa graça. A recepção deste conhecimento pelo homem pode ter dois resultados, dependendo do modo que este ser enxerga sua própria vida.

Assim, temos dois tipos de reação, ou resposta: 1) positiva: em homens que já sabem não merecer nada e quem tudo que fazem na vida não é nada em relação ao que Deus faz por ele, cientes de que não são merecedores de tal graça; 2) negativa: em homens que acham que são bons, acima da média, que “fazem por onde” merecer aquilo que Deus dá… como se retribuisse pelos favores prestados, normalmente são religiosos.

Graça é o ato de Deus, que vem a nosso encontro (e não o contrário), para nos dar aquilo que não merecemos. Esta iniciativa é exclusiva de Deus  (Ef. 2:4). Afinal, se tivéssemos aquilo que realmente merecemos, estaríamos perdidos!!!

A graça é irresistível e infalível, segundo Agostinho. Não se pode falar para Deus: “não, obrigado.. não quero isso” ou “não, prefiro não ser salvo”. A graça também é necessária, segundo Lutero, diferentemente do que pensava Erasmo de Roterdam. Para este último (não tão) pensador (assim), Deus nos daria uma ajudinha, mas teríamos que fazer nossa parte. Este pensamento, aliás, ainda é pregador em muitas igrejas romanas e tal cultura ainda se encontra arraigada em nosso meio.

A SOLA GRATIA é uma das maiores teorias da reforma, pois é ela quem nos diferencia das demais “religiões” do mundo. Somente o cristianismo reformado, segundo Philip Yansey, tem esta forma de pensar, ou seja, somente aqui se aceita que Deus tem um amor incondicional. Na SOLA GRATIA, Deus não te aceita por aquilo que você é ou faz, mas porque Ele te ama incondicionalmente, pois se assim não fosse, estaríamos… ou melhor, corrigindo, não estaríamos.. :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário